terça-feira, 7 de junho de 2005

40 dias procurando Luz - Dia 24

Texto Bíblico do dia:

Romanos 3: 23 - 24 - "Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus; sendo justificados gratuitamente pela sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus"

O programa de Deus para a minha vida hoje:

Fazer tudo como se estivesse fazendo para Jesus, mantendo uma conversa contínua com Ele.

Meditando:

Se você olhar bem de perto vai ver que as pessoas precisam de pouco, muito pouco para se sentirem felizes. Como animais, podemos sobreviver satisfeitos se temos o que nos aplaque os instintos. E o que vier depois disso é só pra acrescentar, e pode-se tornar totalmente dispensável. Para os que escolheram viver como bichos.

Então dirão do político corrupto: "roubou mas fez alguma coisa". E do profissional medíocre: "enrolou metade do expediente mas terminou a tarefa". E do marido infiel: "é um bom pai". E da mãe insensível: "é trabalhadora". E do religioso inconverso: "peca, mas ninguém sabe". Terão sempre palavras animadoras para dizer de quem está errado. E dirão mais: "olhe o lado bom!", "ninguém é perfeito!", "sou humano", "a gente faz o que pode", "melhor isso que nada". Há um discurso de eufemismo e conivência para cada fraqueza humana. E apontam mesmo para a Bíblia, dizendo: até eles pecaram.

Eu, no entanto, sou grata a Deus porque a Bíblia está inteiramente articulada na existência de um Homem que não pecou. É para Cristo que apontam todos os padrões divinos. E quando leio a história dos muitos homens pecadores que ali estão descritos, não vejo jamais a exaltação da fraqueza, mas a supremacia da força divina, transformando esses pecadores em vencedores. Não vejo neles homens conformados com seu pecado, mas buscando mudança, crescimento. É o nome desses que Deus exalta em Sua Palavra. Os outros, conformados com o seu pouquinho de existência, são coadjuvantes que só servem para reforçar a idéia de que é possível ser reto mesmo em meio a um mundo tortuoso.

O que me entristece não é a imensidão de pecados e a multidão de pecadores. Estes sempre existiram, e por reconhecerem seus pecados eles conheceram a Deus. O que me entristece de fato é quando pecadores não querem deixar seus pecados e ainda assim conviver tranqüilamente com Deus. Por que entristecer-se pelo pecado? Hoje você pode chamar esse pecado de "característica da sua personalidade", e até mesmo chamar outras pessoas que não querem deixar esse pecado para formarem uma igreja com você. Sim, porque a igreja já não precisa ser um lugar onde pecadores vão comungar, basta que seja um local de encontro, que ofereça algumas horas de prazerosa interação e músicas agradáveis que digam que você é especial e amado. Numa igreja de onde a Lei de Deus foi banida, os homens se encarregam de criar suas próprias leis, que transformam a religiosidade em anestésico para a consciência, e formam pessoas coma auto-estima lá em cima e a espiritualidade lá embaixo. Na verdade, pessoas sem necessidade de espiritualidade, mas que se dizem "espiritualizadas" porque escondem seus erros atrás do deus-fantoche que elas criaram.

O que é mais triste, é ver tanta gente vivendo assim e se dizendo feliz e indo a psiquiatras. Se dizendo feliz e dependendo de drogas - lícitas ou não - para manter essa felicidade. Se dizendo feliz e "aceitando bem" o seu divórcio. Se dizendo feliz e vendo os filhos se destruírem. Se dizendo feliz e chorando escondido uma amarga frustração e vazio. Se dizendo feliz e gastando dinheiro para tentar preencher aquele vazio. Se dizendo feliz e carregando outdoors que dizem "esta é a enganosa felicidade cristã", numa missão profícua de semear a descrença. Como escrevi a princípio, as pessoas precisam de muito pouco para se sentirem felizes. A verdade simples que a maioria não consegue enxergar no cristianismo é que a felicidade não vem de fazer a própria vontade, mas a de Deus, não é seguir uma elaborada lógica própria, mas os mandamentos do Altíssimo, não se encontra na racionalização dos pecados mas no arrependimento e conversão. Isso é muito mais que religiosidade e aparência, muito, muito mais que uma ficha batismal e alguns cultos.

O prazer de fazer a vontade de Deus. Eis a grande diferença entre ser um pecador falho e um pecador conformado. O primeiro vive por Cristo, quando erra se entristece, tem vontade de mudar. O segundo se perde em justificativas e com o tempo simplesmente não se importa mais. Nenhum dos dois está isento de momentos difíceis e fatos tristes e sua vida. Mas só um deles estará, ao final, com profundidade de espírito suficiente para receber tudo o que Deus quer dar. Só um deixou Deus ir fundo em sua alma, e tirar dela toda a imundície, a fim de prepará-la para receber o que é santo. Coisas que palavra humana jamais conseguiu descrever. Que podem começar a ser sentidas agora. "As coisas que olhos não viram, nem ouvidos ouviram, nem penetraram o coração do homem, são as que Deus preparou para os que o amam." (I Coríntios 2:9). Para os que escolheram viver como filhos de Deus.

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