segunda-feira, 5 de maio de 2008

5. CORAÇÃO DE UM PAI - Projeto Imagem e Semelhança

Original: My father´s heart - Rachel Lampa
Versão: Luciana D. Teixeira de Araújo

Que Deus me ensine a ser exemplo,
Que me inspire a encontrar respostas,
Que me ajude a te apontar caminhos,
Pra que eu te guie com firmeza e carinho.

O amor que existe em mim
não é somente meu
É um dom de Deus
e existe pra que eu doe a ti
o meu melhor
e quanto mais
caiba no coração de um pai.

Que eu possa te ouvir sempre,
Mas saiba respeitar teus silêncios.
Que você sinta o poder das escolhas
E a eternidade seja o elo entre todas.

Que eu te ensine a lutar
com as armas do amor,
Que em minha vida possas enxergar o Senhor.
Que um céu de luz
e sabedoria
caibam no coração de um pai.


“Aquele que não ama não conhece a Deus; porque Deus é amor”.
I João 4:8


Para a Psicologia moderna o papel do pai na vida da criança é ponto pacífico. “É o pai que apresenta a cultura ao filho, é através dele que a criança conhece a moral estabelecida naquele determinado grupo onde a família está inserida.” (Ilda Zaideman, psicóloga)

Portanto, a imagem de Deus que a criança levará consigo pelo resto da vida será formada ainda na infância, e terá muito a ver a própria imagem de seus pais, do pai em particular. As muitas concepções de Deus, como um Deus distante ou superprotetor, austero ou amigo, castrador ou negligente, passam pela experiência que as pessoas têm dentro de sua família, com a figura paterna. É certo que a Bíblia, e seu assunto principal, o plano da redenção, estão ao nosso alcance para que conheçamos o verdadeiro caráter de Deus, e a conversão faz com que corrijamos em nossa mente as distorções sobre a imagem que temos de Deus. Mas muitos não chegam nem mesmo a conhecer a Bíblia porque Deus lhes parece um ser desinteressante demais para que Sua palavra chegue a lhes chamar atenção: é difícil para um filho confessar a si mesmo que tem mágoa e raiva pela figura do seu pai, mas é bastante comum que as pessoas criem repugnância pela religião por associarem Deus a essa mágoa e raiva, que muitas vezes elas nem sabem conscientemente que têm dentro de si.

A essas pessoas servem bem os versos de Quintana:

“Os dogmas assustam como trovões.
E que medo de errar a seqüência dos ritos!
Em compensação,
Deus é mais simples do que as religiões".


“Deus é amor”, a Bíblia é clara. E agora o que me assusta é a responsabilidade que um pai tem, que é a de traduzir esse amor, desde o berço, para seu filho. Mesmo sendo um ser corrompido, falho e pecador, que muitas vezes não dá prova de amar nem a si mesmo, o ser humano foi escolhido para ser exemplo, mentor, guia, amigo e sacerdote de seus próprios bebês. Tão puros os nossos bebês! Tão ternos e inocentes, confiam em nós completamente, e estão sempre prontos a aprender e imitar cada um de nossos pensamentos, palavras e ações. Nós, mães e pais, somos a primeira experiência com Deus que nossos filhos vão ter. E o nosso lar, é a primeira imagem a que eles vão se remeter quando falarmos de Lar Celestial. Quão desejosos eles serão de ter Deus em sua vida aqui, e um Céu na eternidade a partir de sua experiência familiar?

Felizmente nos consola saber que Deus já providenciou para que sejamos capazes de cumrpir esta difícil missão. Nós, humanos, fomos capazes de juntar TV, som, computador, máquina fotográfica e telefone num aparelho que cabe na palma da mão - inventamos o celular. Mas temos um Deus que fez o que parecia impossível: fez caber toda a luz, sabedoria e amor do céu dentro do coração de uma figura indelével da mente humana, e que todo mundo, de alguma forma, mesmo que não seja biológica, tem: o pai. Sacerdote do lar, instrumento de salvação, amigo. Imagem de Deus.

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