sábado, 3 de maio de 2008

3. ORAÇÃO DE MARIA - Projeto Imagem e Semelhança

Original: Breath of Heaven – Amy Grant
Versão: Luciana D. Teixeira de Araújo

Teu chamado eu respondi.
Ouvi meu nome disse: “eis-me aqui”
Tua graça me acolheu
O que diria ao meu Deus?
Tua serva sou!
Tua serva sou!

Escolhida, não tentei fugir
E enfrento qualquer dor por ti
Porque creio, Cristo vem
Dar seu reino a quem tem
Fé para O conhecer
Fé para O receber

(Refrão)
Deus bondoso,
Ser suave,
Cumpra-se em mim conforme
Tua vontade
Deus bondoso
Ser benigno
Derrota o inimigo
na santidade
Deste Filho

Meu amparo está em tua Lei
E a alegria em servir meu Rei.
E quando Ele ao Pai voltar
Quero a paz que vai me dar
Forças pra eu lutar
forças pra mim
forças...


“Porque me fez grandes coisas o Poderoso, e Santo é o seu nome.”
Lucas 1:49


Uma das maiores e mais freqüentes preocupações quando se está esperando um bebê é: será que serei um bom pai ou mãe? De repente você começa a reparar com maior nitidez que o mundo não é um lugar exatamente seguro, as notícias dos jornais e o preço da comida ganham contornos até então impensáveis. Será possível que eu, uma pessoa que ainda está lutando para se estabelecer como gente no meio deste mundo louco, vou dar conta de criar e educar do jeito certo um ser inteiramente dependente de mim? Será que conseguirei protege-lo de todo mal, dá-lhe tudo que há de precisar, prepara-lo para enfrentar por si só os problemas da vida? E será que ele vai facilitar as coisas concordando comigo ou vai ser tão rebelde quanto eu fui quanto à criação dos meus pais?

Antes de ousar responder essas perguntas eu prefiro pensar em Maria. A jovem, quase menina, a humilde e casta Maria, que foi escolhida por Deus para a maior missão que uma mãe já recebeu: abrigar em seu corpo, educar e cuidar do Filho de Deus feito homem nesta Terra. Num primeiro momento, como qualquer ser humano, ela temeu. Por que ela? Como aconteceria? Depois entendeu que recebera a maior graça que uma jovem de seu tempo poderia receber. A surpresa de Maria custou a cessar. Ela se considerava pequena demais para tão grande missão (Lucas 1:48).

Ah, os métodos divinos. Eles sempre surpreendem mesmo àqueles servos que acham que já O conhecem. E Maria conheceu o Deus que “Depôs dos tronos os poderosos e elevou os humildes” (Lucas 1:52), solução que Ele usou ainda outras vezes ao longo da história cristã. O Senhor dos Exércitos, que enfrenta o inimigo com a santidade. O Todo-Poderoso que exerce sua autoridade suavemente. E que força enorme na sua bondade! Como tremem os homens diante do Deus benigno! Como é bela a vitória dos que têm fé para conhece-lO a tal ponto que recebe-lO é inevitável!

Quando Maria percebeu isso, disse sim, e sua alma cantou. Imagino que nesse instante ela compreendeu também que sua luta não seria fácil. Seria julgada e apontada por muitos, correria o risco de perder seu noivo, ser até mesmo apedrejada se a considerassem adúltera. Disse sim sem querer compreender nada mais, apenas aceitando o plano de Deus em sua vida.

A segunda parte dessa música fala de uma perspectiva ainda mais dramática, que foi descoberta por Maria bem mais tarde. Quando compreendeu que sua luta não era contra homens, mas contra hostes do mal empenhadas em derrotar Cristo. Quando percebeu que o seu Jesus não lhe pertencia, mas assim como tinha vindo do Pai, voltaria para Ele após cumprir seu papel salvador. Mesmo tendo seu coração traspassado por uma espada ao vê-lo morrer, Maria recebeu forças para continuar lutando e atuar ativamente como uma das primeiras mulheres cristãs da igreja primitiva. Sua missão, mais que ser mãe, era ser serva. Ela descobriu na santidade o Poder para vencer nas grandes e nas pequenas coisas.

Deus também tem planos para o meu filho. E cuida dele como eu jamais conseguiria cuidar. Se como Maria eu buscar a santidade e aprender a ser serva de Deus, serei, com certeza, uma ótima mãe.

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