domingo, 4 de maio de 2008

4. PROMESSA - Projeto Imagem e Semelhança

Original: I promise – Jaci Velasquez
Versão: Luciana D. Teixeira de Araújo

Um raio de luar
Pode ser tão frágil
Quando tantas luzes
querem tomar
a atenção do olhar.
Mas a lua está
lá em cima sempre
meiga e maternal
se já não há
quem conforte o olhar

Refrão
Eu prometo ser
Sua pequena lua
Pra iluminar
e embelezar
os seus caminhos
E na escuridão
serei um guia
que no final
da noite fria
lhe entregará
ao Sol

Sempre é bom lembrar
que a luz da lua
não lhe pertence não:
é o sol quem faz
ela iluminar

Aprenderei
a ser mãe
prostrada aos pés de Deus.
O doce dom em mim
incidirá
e eu saberei te amar.


“E crescia Jesus em sabedoria, e em estatura, e em graça para com Deus e os homens.” Lucas 2:52

A dúvida ainda é: serei uma ao mãe ou um bom pai? Quando eu engravidei muitas pessoas me disseram: “parabéns porque você realizou seu sonho de ser mãe!”. Mas esse nem sempre foi meu sonho. Sonhei muito mais em conhecer a Itália que em acalentar um bebê. Só uns dois anos antes de engravidar é que a idéia de ser mãe começou a virar um sonho, e só quatro meses antes, um sonho desejado – que há sonhos que passam a vida inteira presos ao mundo dos sonhos, sem que o desejo os tire de lá.

Depois do sonho tornado realidade em forma de barriga, a constatação: ser pai e mãe não é apenas ter um filho. Não é somente dá-lhe roupa e comida. Não é um décimo daquilo que a gente, ao sonhar, imaginava. Então vem a dúvida pulsante: e eu conseguirei fazer tudo direitinho?

Quando o bebê nasce essa dúvida se transforma num bicho papão – que só ataca os pais – pronto a saltar de trás da banheira, da mamadeira, do berço... e tem sempre alguém dando pitaco sobre como espantar o bicho-papão. Só depois de algumas fraldas e crises de choro (do bebê e da mãe e de quem mais esteja há um mês sem dormir) é que se percebe que a maternidade/paternidade, como todo dom divino é simples quando o coordenamos pela vontade divina.Ficamos tão ansiosos por fazer tudo certo que esquecemos que só Deus pode nos completar nessa missão.

Enquanto eu ainda arrumava o enxoval de Vinícius, toda preocupada em não faltar nada para ele, minha mãe me disse sabiamente: “O que ele vai mais precisar é seu colo, seu peito e seu amor”. E de fato, eu deixei de usar um pequeno arsenal de inutilidades que comprei, mas meu peito e amor ainda são requisitados com freqüência, e costumam resolver todos os problemas dele instantaneamente. Meu amor de mãe direciona muitas de minhas ações, quando surgem as dúvidas, e sinto que Deus me fala através desse amor. Ele é um canal aberto para receber as orientações divinas quando as sugestões humanas se mostram falhas.

Enquanto meu Pequeno cresce, eu o ensino pequenas coisas todos os dias, coisas simples como dormir, se sentir seguro, aprender a virar de um lado para o outro, comunicar-se através de seus lindos balbucios, alimentar-se, brincar, conhecer o mundo que o cerca. Mesmo quando ele já não for tão pequeno, e aprender muito com outras pessoas, ele saberá que pode contar comigo sempre, que estarei sempre com meu amor e colo prontos para o iluminar quando ele se sentir no escuro, e o aquecer no frio desde mundão injusto e mau.

Mas o que de melhor meu amor de mãe pode ensina-lo, é que este amor deriva de um amor maior, perfeito e que pode fazer muito mais por ele que eu. Meu amor, em minhas palavras e atitudes, gestos e carinhos, devem apontar todos para o amor de Deus, e nutrir-se dele para continuar dando o melhor ao meu filho. Nada o fará crescer mais belo e inteligente, seguro e saudável, feliz e bem sucedido que a confiança na fé dos seus pais. Tomemos então tempo para firmar os passinhos cambaleantes de nossos bebês e nossos pés não menos frágeis na mesma Rocha da Salvação que um dia cresceu assim também.

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