domingo, 29 de abril de 2001

Sobre o besouro do p.s,

Cheguei a pensar que não iria acabar nunca, mas o período de provas da primeira unidade na faculdade teve fim. Depois de noites mal dormidas e horas infindas sofridas na leitura exaustiva de livros enormes, eu cheguei ao fim desta semana me abstendo de ler até outdoor. Estava disposta a passar um bom tempo em estado de desinformação total: jogar banco imobiliário, assistir um vídeo de comédia, andar pelo shopping, talvez chegar ao cúmulo de ver TV no domingo... . Mas como esse roteiro me deixasse com a estranha sensação de morte iminente por tédio, eu fiz uma trégua com a leitura e despenquei numa rede, com um pote de sorvete de coco de um lado, e do outro um livrinho simples, sem pretensões intelectuais, fininho e próprio para ser folheado aleatória e despreocupadamente.

Trata-se de "P.S.: eu te amo", do escritor H. Jackson Bronw Jr. Eu o ganhei de presente há muito tempo, mas ainda não tinha me detido para o ler na íntegra. Trata-se de uma compilação que o autor fez de todos os "post scriptum" das cartas que sua mãe lhe enviou ao longo da vida. Segundo as palavras dele, ela sempre deixava o melhor para o final, e neste pequenino espaço escrevia grandes conselhos e observações inteligentes, sempre acompanhados da afirmação do amor materno.

Acho que isso é que faz este modesto livrinho se destacar entre os livros de pensamentos do gênero: o "post scriptum", via de regra, tem um conteúdo intrigante, e costuma ser a parte mais significativa dos e-mails que recebo. Isso faz parte de uma regra geral infalível: você deve tomar nota cuidadosa de tudo que lhe for dito de passagem... o que importa só é dito depois da primeira conjunção adversativa (mas... porém...) e um discurso inteiro não vale a sua conclusão.
Um dos "P.S.s" da senhora Brown que me chamou atenção, dizia: " Pelas leis da aerodinâmica o besouro não pode voar. Esqueceram de dizer isso para ele!"

E é apenas sobre isso que eu queria que você meditasse no início desta semana: quais são os limites que você tem se imposto? Os limites forjados pela voz de quem te deprecia, e diz que você não pode, que não vai conseguir, que deve tentar outro caminho, que já não há chances, que você é incapaz e seu caso, sinto muito, não tem solução? Pior: terá você feito dessa, a sua própria voz? Ou seus limites são ditados pela voz da vontade divina? Se for assim, não tenha dúvidas que Deus sempre estabelecerá o melhor alvo para você. Isso mesmo, inclusive aquele ali, que você tem medo de ir buscar.

Eu estou certa de que há momentos na vida em que nos sentimos fracos, e por uma razão ou outra somos levados a crer nessa voz castradora aí de cima. Mas por que se acorrentar à incapacidade, se você tem aos seu dispôr um Espírito Santo e Poderoso para te transformar num ser vitorioso em todos os sentidos? Se você reconhecer isso, seus problemas não vão desaparecer, mas você vai lidar com eles de forma diferente. Muitas vozes continuarão falando de nossas fraquezas e limitações "...mas o povo que conhece ao seu Deus se tornará forte, e fará proezas." Daniel 11:32.

Uma semana iluminada!

Luna

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